Por José Henrique
Pediram-me
para escrever um texto sobre ‘Magic The Gathering’ e, como o pedido foi de um
amigo e aluno, não poderia me furtar a esta tarefa. Falarei do jogo com os
olhos de um jogador, que não é nem besta nem bestial, mas que curte encontrar
os amigos para jornadas de diversão e momentos de pura descontração.
Fui
“apresentado” ao Magic por meu filho, inicialmente acompanhava seus jogos com
os amigos. Peguei algumas cartas para entender o objetivo do jogo e as
ilustrações chamaram minha atenção, daí até se tornar um colecionador foi um
empurrão. As primeiras partidas aconteceram quando meu filho adoeceu (catapora)
e os amigos deixaram de frequentar nossa casa e a ‘febre’ tomou conta de mim.
Comecei
a escrever este artigo de frente para o mar, enquanto esperava a Lua (cheia)
surgir no horizonte. A escuridão avançava sobre a praia como uma horda de
mongóis, sob o comando de Genghis Khan, até não restar nenhuma marca do dia e
assim permaneceu. Quando parecia que qualquer esperança de luz sumia do coração
eis que os primeiros raios lunares anunciavam o espetáculo que estava por vir:
a Lua começava a despontar na linha divisória entre o céu e o mar, emergindo
como uma esfera avermelhada de fogo rasgando a escuridão como se fosse uma
folha de papel. À medida que caminhava rumo ao Zenith, a bola de fogo se
transformou em um olho de dragão amarelado com São Jorge apontando seu brilho
sobre o mar e, pouco a pouco, aproximando-se da praia enquanto o reflexo sobre
as ondas iluminava o céu em sua cavalgada triunfante. Esta cena me fez entender
o pano de fundo do Retorno de Avacyn trazendo a luz ao plano de Innistrad após
a Ascensão das Trevas.
Bem...
Enrolei muito e falei pouco! Então, vamos nos concentrar no tema do artigo. Comecemos
pelo nome do jogo: ‘Magic The Gathering’. O encontro? Encontrar o que ou quem?
Encontrar onde? Como? Convidar os amigos para um ‘joguinho’ é um programa
divertido para os que participarão e uma chatice para os que não entendem o
desejo de adultos, jovens e crianças em participar de partidas épicas ou nem
tão boas assim em uma noite de sexta ou sábado no lugar de irem para balada.
Imagine a situação: quatro ou mais amigos se reúnem para jogar e no lugar de um
contra um eles escolhem todos contra todos simultaneamente em uma jornada que
‘varre’ a madrugada. Eles discutem as cartas que cada um põe no campo de
batalha, debatendo as possibilidades de desdobramentos e/ou de combinações, as
situações que seria mais útil contra determinado tipo de baralho, as virtudes e
desvantagens e assim a noite passa em um encontro de amigos.
“Magic, The
Gathering” mistura Elfos, Orcs, Goblins, Elementais, Magos, Cavaleiros,
Feiticeiros – não estou falando da saga do Senhor dos Anéis – com Gigantes,
Titãs, Grifos, Dragões, Tritões, Cavalos Alados, Esfinges – nem tampouco de
mitologia – sem deixar de citar os Zumbis, Demônios, Anjos, Lobisomens, de
forma tão harmoniosa quanto a própria natureza com seus diferentes
ecossistemas.
Há
também uma pitada de ficção científica com os viajantes do multiverso, que são
conhecidos como Planinautas ou popularmente Walkers.
Os planinautas buscam conhecimento e modos/formas de ampliar seus poderes para
enfrentar seus rivais.
Neste
ponto faço uma alusão especial a grande Liliana.
Ah! Liliana!
Infelizmente
Magic não caiu nas graças do mundo feminino apesar de planinautas como Chandra,
Nissa, Elspeth, Tamiyo ou Liliana.
Ah!
Liliana!
Para
acessar este fantástico mundo, basta “montar” um deck, pois sem ele não haveria jogo nem discussões. Há diferentes
modos de ter o seu, alguns jogadores copiam as cartas dos vencedores de
torneios, outros adéquam essas listas ao seu estilo e forma de jogo e há os
jogadores que desenham, esquematizam, constroem seus decks do nada e vão
enfrentar outros em torneios – outra forma de encontro, porém este é um
encontro de mentes e habilidades onde astúcia e sagacidade reinam absolutas e
as estratégias são imprescindíveis para o sucesso, mas não são garantias de
vitórias.
Espero
que tenham curtido este artigo e, voltando ao meu filho, Atualmente ele não
joga e eu... Bem, voltei após um convite de amigos.
É, aquele draft que nos trouxe todos de volta ao Multiverso após anos hibernando foi fatídico!
ResponderExcluirParabéns pelo artigo Henrique, o primeiro de muitos? Rsrs
Keep Planeswalking meu bom amigo.
o/
Muito bom!!
ResponderExcluirOpa Minato, bem vindo de volta. :)
ResponderExcluirSempre bom ler o comentário de outros walkers por aqui.
o//